HISTÓRICO DO INSTITUTO DE HISTÓRIA E TRADIÇÕES DO RGS (IHTRGS - 1986-2011) NOS SEUS 25 ANOS, EM 10 SETEMBRO 2011

22/09/2011




Cel Claudio Moreira Bento e Cel  Luiz Ernani Caminha Giorgis
1º e 2º  Presidentes do IHTRGS

Em 10 Set 1986, sesquicentenário do combate do Seival, que criou condições para a Proclamação da República Riograndense (1836-45) no Campo do Menezes, e que se projeta na Proclamação da República Brasileira m 15 de novembro de 1889, foi fundado, em cerimônia concorridíssima na Escola Técnica Federal de Pelotas, o Instituto de História e Tradições do RGS (IHTRGS).
Instituição destinada a memorar fastos sesquicentenários da Revolução Farroupilha (1835-45). A referida fundação está toda documentada em volume especial encadernado, guardado pela Presidência à rua Florença, 266, Jardim das Rosas, Itatiaia-Rio de Janeiro, CEP 27.580-000, e-mail  bento1931@gmail.com
Volume sob o título IHTRGS-Histórico, Organização e Fundação-1986, com índice, tendo 311 páginas, onde constam os nomes dos membros de diversas categorias diplomados na sua Fundação, como também dados dos sócios fundadores, com os respectivos votos para a eleição da Diretoria. Votos que foram apurados por comissão integrada pelos presidentes do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil (IHGB) e do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB). Os Estatutos foram registrados no Tabelionato de Canguçu pelo seu titular, José Moreira Bento e pela escrivã Carla Bento Bosenbecker.  O presidente transferiu para o 2ª Presidente Cel Caminha e preserva na sede do IHTRGS no Casarão da Várzea , toda a documentação produzida nos diversos encontros. Com o ex- 2º Presidente do IHTRGS, Osório Santana Figueiredo, em seu endereço: Caixa Postal 91, São Gabriel, RS, CEP 97.300-000, que atuou como secretário e coordenador, estão todas as atas dos diversos encontros.
Como sócios efetivos fundadores figuraram: o Cel BMRS Alberto R. Rodrigues, o Major Ex Ângelo Pires Moreira (coordenador), Arnaldo Luiz Cassol, Clayr L. Rochefort, Cel Ex Cláudio Moreira Bento (presidente), Corálio Cabeda, Fernando O’Donell, Gastão Abbot (falecido), Cel BMRS Hélio Moro Mariante (vice-presidente), Ivo Caggiani (falecido), Gen Jonas Correia Neto, Cel BMRS José Luiz Silveira (falecido), Júlio Petersen (falecido) Manoel A. Rodrigues (falecido), Mário Gardelin, Mário Matos, Marlene Barbosa Coelho (falecida) Gen Morivalde Calvet Fagundes (falecido), Mozart Pereira Soares, Osório Santana Figueiredo (secretário), Péricles Azambuja, Sejanes Dorneles (falecido) e Telmo Lauro  Müller.
Foram eleitos conselheiros: Arthur Ferreira Filho Conselheiro de História. Dante de Laytano, Conselheiro de História e Luiz Carlos Barbosa Lessa ,Conselheiro de Tradição, substituído com o seu falecimento por Armando Eciquo Peres.
Dentre as múltiplas realizações do IHTRGS, registradas em seus Anais, mencione-se encontros anuais, com vistas a integrar historiadores, tradicionalistas e folcloristas, isolados no movimento cultural gaúcho, estreitar laços de amizade e culturais entre eles e deslocamentos do IHTRGS até os locais cenários de fastos históricos, para comemorá-los.
Assim, em Pelotas ocorreu o encontro de fundação na Escola Técnica Federal, coordenado por Ângelo Pires Moreira e com apoio do Diário Popular, através de Clayr Lobo Rochefort, que dedicou edição especial ao combate do Seival, elaborada pelo presidente do IHTRGS.
Em 08Abr1987 ocorreu o Encontro de Caçapava do Sul, no Clube União Caçapavano, sob a coordenação de Arnaldo Luiz Cassol, onde foi empossado sócio efetivo Humberto Fossa (já falecido), de Encruzilhada do Sul.
Em 13 Set 1987 ocorreu mais um encontro em Pelotas, na sede da União Gaúcha Simões Lopes Neto, mais uma vez sob a coordenação de Ângelo Pires Moreira. Encontro que se estendeu a Porto Alegre, no CPOR/PA, com conferência do presidente sobre os Sítios farrapos de Porto Alegre, sob a coordenação do sócio Jonas Correa Neto, na época comandante da 6ª DE.
Em 30Abr1988 ocorreu o encontro de Rio Pardo, comemorativo do sesquicentenário da maior vitória farrapa - o combate do Rio Pardo - quando foi lançada pelo presidente plaqueta alusiva. Encontro ocorrido no Clube Literário Recreativo de Rio Pardo.
Em 10 Set 1988 ocorreu o encontro de Canguçu, na Casa de Cultura, tendo como tema o combate de Cerro Alegre de 20 Set 1932, quando foi lançada plaqueta alusiva de José Luiz Silveira e Osório Santana Figueiredo, preparatória à fundação, três dias após, da Academia Canguçuense de História. Encontro coordenado por Marlene Barbosa Coelho, onde foi efetivado o tradicionalista Armando Ecíquo Perez, que representara o Instituto no sesquicentenário de instalação da República Rio-Grandense em Piratini, em 06 Nov1986 e que mereceu do Diário Popular memoração condigna do fato histórico, através de artigo do presidente.
Em 10 Jul 1989 ocorreu o encontro de São Borja, no Teatro do Regimento João Manoel, tendo como tema central a comemoração a resistência à invasão paraguaia em 1865. Coordenaram o evento os sócios efetivos então empossados Sérgio Roberto Dentino Morgado e Aparício Silva Rillo (falecido). Houve visita do presidente às ruínas de São Miguel.
Em 15 Set 1990 e 28 Set 1991 ocorreram os encontros de São Gabriel, na Associação Alcides Maya, sob a coordenação do sócio Osório Santana Figueiredo, um dos esteios do IHTRGS, e com apoio cultural e logístico do Dr. Milton Teixeira, quando foi efetivado o poeta gaúcho Caio Prates da Silveira e muito evocada a obra de Alcides Maya.
Em 14 Set 1992 ocorreu o encontro de Lavras do Sul, no Plenarinho da Casa de Cultura José Néri da Silveira, sob a coordenação do sócio Edilberto Teixeira.
Em 25Set1993 ocorreu o encontro de Santana do Livramento, de caráter internacional, marcadamente histórico e tradicionalista, na Associação Comercial e Industrial, sob a coordenação do historiador santanense Ivo Leites Caggiani, ocasião em que foi lançada a obra O Exército Farrapo e seus chefes, da lavra do presidente. Foram diplomados como efetivos os historiadores Raul Pont, Miguel Jaques Trindade e Blau Souza.
Em 7 Abr 1995 ocorreu o encontro do Rio de Janeiro, na sede do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, sob a coordenação do sócio então empossado Manoel Pessoa Mello Farias, coordenador do Núcleo Rio de Janeiro do IHTRGS, que reunia diversos e ilustres gaúchos e gaúchas residindo no Rio de Janeiro e também sócios da quase sesquicentenária Sociedade Sul-Riograndense, lá existente. Na oportunidade foram diplomados sócios efetivos Manoel Pessoa Mello Farias, Edson Otto, Daoiz de La Roche, Pedro Ari Veríssimo da Fonseca e Ciro Dutra Ferreira. Categoria na qual já haviam sido empossados, quando da fundação do Núcleo do IHTRGS na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, os sócios P. J. Mallet Joubim e Hélio Almeida Brum.
Dia 10 Set 1996, o IHTRGS fez mais um encontro no Rio de Janeiro, na sede do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, em parceria com a Sociedade Sul Rio-Grandense, e seu CTG Desgarrados do Pago e mais o Galpão da Saudade da Academia Militar das Agulhas Negras, para memorar o seu 10º aniversário e suas realizações em prol da História, Folclore e Tradições do Rio Grande do Sul. E o fez com a satisfação de já haver superado o tempo de duração da República Rio-Grandense, cujos fastos se propôs prioritariamente memorar e divulgar, o que tem consciência de haver bem cumprido.
Em 27Mai99 foi feito um memorável encontro no Salão Brasil do Colégio Militar de Porto Alegre, onde foi reverenciada a memória dos seguintes sócios falecidos, evocados pelos novos sócios: Arthur Ferreira Filho, de São José do Norte; Aparício Silva Rillo, de Porto Alegre (samborjense de coração); Raul Pont, de Uruguaiana; Miguel Jacques Trindade, de Alegrete; Edilberto Teixeira, de Lavras do Sul; Arnaldo Cassol, de Caçapava do Sul; Humberto Castro Fossa, de Encruzilhada do Sul; Sejanes Dornelles, de Santa Vitória do Palmar; Manoel Pessoa Mello Faria, de Pelotas (viveu no Rio); Hélio de Almeida Brum, de Dom Pedrito (viveu no Rio) e Marlene Barbosa Coelho, de Canguçu. Foram eleitos os seguintes sócios efetivos: Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis, Cel Ivo Benfatto, Major Flávio Mabilde (falecido), Cap BMRS Aroldo Medina, José Conrado de Souza(falecido), Cel Leonardo Roberto de Araújo e Ten Cel Cláudio Belém de Oliveira. 
Em 24Jul99, na cidade de Alegrete, em encontro presidido pelo 2º presidente, Osório Santana Figueiredo, foram eleitos sócios efetivos: Hugo Ramires e Maria Fraga Dornelles. Sócios colaboradores: Sérgio Alves Levy, César Pires Machado, João Francisco de Andrade e Marione Jacques. Sócio correspondente: Daniel Fanti.
Em 15Abr2000, na reunião de Rosário do Sul, presidida por Osório Santana Figueiredo foram entregues diplomas de colaboradoras às professoras Mara Regina Miranda de Souza, Secretária Municipal de Educação e a Maria Almir Souto Nascimento.
Nestes 25 anos de resistência cultural, alguns dos soldados do IHTRGS faleceram, outros foram atingidos por problemas de idade e outras limitações, para presença mais efetiva em suas atividades. A renovação de novos nomes foi pouca, de igual forma que nas demais entidades brasileiras do gênero, parecendo que as novas gerações são avessas a estudos históricos ou pelo menos à produção e à divulgação históricas, o que nos parece lamentável. E no caso do R. G. do Sul, como ficará a sua perspectiva e a identidade históricas na cabeça das novas gerações gaúchas? Só Deus sabe!
Aqui, por oportuno, registre-se o apoio que o IHTRGS teve de parte do jornal Diário Popular de Pelotas, de A Platéia de Santana, dos mensários Ombro a Ombro e Letras em Marcha e do Tradição, que era editado pelo sócio efetivo Edson Otto que o tornou órgão de divulgação oficial do IHTRGS, do MTG e da CBTG.
Em História ou Estória, publicado em Tradição, em maio de 96 (ano da consciência tradicionalista) o Presidente do IHTRGS abordou a conjuntura crítica da historiografia brasileira, assunto estratégico nacional, para o qual os governos em todos os níveis e a Mídia, salvo raras e honrosas exceções, não tem dado a menor atenção. Em vista desta postura, de quem teria obrigação social e cívica de estimular estudos de História, qual o jovem que se animará a dedicar-se a este assunto? E quem no futuro escreverá HISTÓRIA e não ESTÓRIA do Rio Grande do Sul, como bússola para a construção segura do futuro do Rio Grande do Sul e de seus filhos e como mãe legítima das TRADIÇÕES GAÚCHAS? Eis a pergunta que o IHTRGS deixará no ar no seu 25º ano de atividades? Preza a Deus que os estudos de História do Rio Grande do Sul sejam retomados com vigor, para que produzam perspectiva e identidade históricas seguras. E estas, mais consensos sobre soluções a implementar! E que não se repita o que ocorria em 1904, segundo J. Simões Lopes Neto em sua histórica conferência na Biblioteca Pública de Pelotas sobre Educação Cívica e sobre o ensino de História do Brasil:
“Esse estudo não é somente descurado, mas ele não existe e nunca existiu. E a sua conseqüência é a preferida ignorância em que vivemos da nossa história e estudando histórias alheias. Todo o ensino tem um fim, o da História do Brasil é dar-nos o conhecimento da noção exata da solidariedade nacional, da disciplina cívica, da liberdade obediente e com ela o amor ao Brasil”.
Mas o que se tem assistido nos programas como A Ferro e Fogo, levados ao ar pela RBS, são versões desanimadoras, como manipulações da História do Rio Grande do Sul que ao invés de usarem a História como “a mestra das mestras, a mestra da vida” a fazem de “Maestra da calúnia e da mentira”, segundo definiu o falecido historiador Luís Flodoardo Silva Pinto, membro do IHTRGS. E mais, não dão oportunidade ao contraditório, somente a monólogos. É fundamental uma mudança neste sentido para caracterizar de fato a Liberdade de Imprensa, como uma rua de duas mãos que contemple o Direito de resposta e o Contraditório. Do contrário teremos a Liberdade de
Empresa, um abuso conjunto do Poder Político, ou a opressão social e do Poder Econômico ou ainda a exploração social, que não podem prosperar num regime democrático, que não violente direitos das minorias, e que devem ser incluídas progressivamente e fraternalmente na Sociedade Brasileira.
A partir de 2005 diversos novos membros foram admitidos no IHTRGS. Foram os seguintes: Dr. Aécio César Beltrão (Médico), Dr. César Pires Machado (Agrônomo), Cel Mauro da Costa Rodrigues, Cel Edmir Mármora Júnior, Cel Ernani Medaglia Muniz Tavares, Dr. Florisbal de Souza Del’Olmo (Dentista), Dr. Frederico Euclides Aranha (Advogado), Cel Geraldo Lauro Marques, Dr. Jorge Babot Miranda (Economista), Cel Juvêncio Saldanha Lemos, Bacharel em História Srta. Katy de Siqueira, Dr. Agamenon Vladimir Silva, Cel Hiram Reis e Silva, Cel Ruy Collares Machado, Cap Andrei Clauhs, Sr. José Ernesto Wunderlich, Sra. Adir Fanfa Onofrio, Sr. Ciro Oscar de Borba Saraiva, Dr. Ênio Palmeiro da Fontoura, Cel Ivo Benfatto, Cel Edu Campelo de Castro Lucas, ST Evilácio Barbosa Saldanha, Cel Leonardo Roberto Carvalho de Araújo, Sgt Carlos Fonttes, SCEB José Eber Bentim da Silva, Ten Nestor Magalhães, Caio Moreira Pinheiro, Aliete Martns Ribeiro, Amilton Valente da Silveira e Ivete Possas da Silveira, Luis Renato Braganholo, e Jose Eduardo Bruno Em 2010, em Resende, na AMAN, foi empossado como membro-efetivo do IHTRGS e como seu Presidente de Honra o Gen Bda Edson Leal Pujol, então comandante da Academia Militar das Agulhas Negras e tambem o Cel Anderson N Demutti representante do IHTRGS no Colégio Militar de Brasíilia e o Cel Reinaldo Goulart Correia em São Borja e Daniela Amaral em Piratini/RS. Hoje o IHTRGS possui o seu site rico em temas do Rio Grande www.ihtrgs.com.br e foi desdobrado em três Delegacias . A de Resende junto ao presidente Cel Bento tendo como Delegado o tradicionalista Luiz Renato Braganholo , em Porto Alegre , a sede física do IHTRGS a cargo do 2º Presidente do IHTRGS o Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis e em Pelotas e região a Delegacia do IHTRGS tendo por Delegado o jornalista Cairo Moreira Pinheiro. Foi instituída pelo IHTRGS a Medalha do Mérito Farroupilha Projeto do sócio efetivo Dr Flavio Camargo. Seu Informativo O Gaucho  foi interrompido e passa a integrar daqui para diante O Tuiuti, informativo da AHIMTB/RS e do IHTRGS.
Foi assim que o IHTRGS atuou em 25 anos, e hoje consciente do muito que realizou dentro do objetivo cultural a que propôs.


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