O MONUMENTO A NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DE CANGUÇU, UM SONHO QUE SE REALIZOU

07/01/2011


Cairo Moreira Pinheiro - Jornalista; É o coordenador da Academia Canguçuense de História (ACANDHIS) e Sócio e Delegado, em Pelotas e Região do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS) e Correspondente e Delegado em Pelotas e região da Delegacia da Academia
de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB) Delegacia Dr Fernando Luis Osório (filho).






Opensamento era antigo e vinha sendo alimentado com paixão, a partir dos anos 2000, quando da novena em honra de Nossa Senhora da Conceição de Canguçu idealizaram a construção de um monumento com a estátua da imagem de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do município de
Canguçu.
Os casais festeiros Kleber e Mareni Fonseca e Pedro Atanagildo e Marília, apoiados pela Irmã Cecília Rigo, pelo Pe. Irineu Zátera e o Prefeito Odilom Meskó, sem perda de tempo, fizeram a
escolha do local, Cerro dos Borges, onde por detrás passava a histórica Estrada das Tropas para
as charqueadas de Pelotas. E lá, assistidos por grande parte da população, e de fiéis marcaram
o local destinado à construção, tão desejada.
Em 2003, Jaime Vargas, presidente da Paróquia, deu início à aquisição de recursos financeiros,
mas apesar de seus esforços, não conseguiu atingir seu objetivo. Foi então formada uma Comissão
composta por José Pinto como presidente; Mariza Helena de Aquino Eslabão, secretária; Danilo
Conde, tesoureiro; Irineu Fonseca; Alex Silva; Hélio Hoffman; e Irmã Cecília Rigo, diretora do Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida, que por consenso, resolveram pedir auxílio ao Prefeito Odilon Meskó, que imediatamente agilizou as prioridades e, junto com a Comissão, compareceram ao local escolhido e lá colocaram a pedra fundamental, muito embora ainda não houvesse condições para iniciar a obra. O Projeto foi à Câmara Municipal pela então vereadora Mariza Helena de Aquino Eslabão. Coube à arquiteta Alice Parode a realização do projeto, que depois de analisado foi por unanimidade aprovado e colocado sob a responsabilidade do prefeito Odilon Meskó e do seu secretário de Turismo Ubiratã Rodrigues. Hoje, o projeto foi assumido pelo atual prefeito Cássio Freitas Motta, e seu secretário de Turismo Nilson Noremberg. E que colaboram plenamente com o plano já antes elaborado.
À Paróquia Nossa Senhora da Conceição, conforme reunião conjunta com o padre Valmir Vane da Silva, Pároco de 2007-2008 e posteriormente com o padre Carlos Rômulo Gonçalves e Silva – Pároco em 2009-2010, coube a responsabilidade pelas celebrações e demais atividades litúrgicas e a doação de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição de estatura da imagem original, que será colocada no nicho, abaixo da imagem maior, lugar reservado para celebrações religiosas.
Percebendo-se a riqueza religiosa e turística do lugar e buscando um acesso mais próximo para os que desejarem subir a pé, foi sugerido a construção de um caminho que contemplasse a Via-Sacra. (Este projeto ainda está em andamento). Pergunte a um artista qual foi sua obra mais desafiadora. Provavelmente a resposta será: “A ultima”. “O artista sempre gosta de fazer uma coisa nova e quando esta produzindo a obra nem dorme a noite de tanta ansiedade”, afirma o desenhista pintor e escultor Vinicius Cassiano. Ultimamente sua paixão esteve concentrada no Monumento a Nossa Senhora da Conceição, Canguçu foi privilegiado com a escolha deste grande artista, fã de Leonardo da Vinci e Salvador Dali, ele voltará a Canguçu em dezembro de 2010 para a inauguração de sua obra, e a seguir o desafio será fazer as quinze estações da Via-Sacra.
Não podemos deixar de registrar os atos de nobreza e generosidade dos casais José Moreira Bento e Yonne Maria Sherer Bento, Solismar Dias de Aquino e Gilce Porto Aquino, Bruno Fonseca e Teresa Cunha Fonseca, Sra. Loiva Dias de Aquino, que doaram parte de suas terras para a construção da via de acesso ao Cerro dos Borges que hoje ostenta o imponente monumento tendo como destaque a estátua Nossa Senhora da Conceição de Canguçu.
Graças a todos quantos colaboraram de uma forma ou de outra, tudo se concretizou com o maior êxito. Hoje, estou aqui, dando o meu recado, nas páginas deste valioso conjunto histórico
de informativos O Guararapes,da AHIMTB, O Gaucho, do IHTRGS e O Memória, da ACANDHIS, em razão do interesse nacional, estadual e municipal de N.S. da Conceição, cujo autor, o Cel. Cláudio
Moreira Bento, filho da terra, que com seu talento de escritor e historiador renomado, temperados por seu grande amor a Canguçu, não se cansa, faz mais de meio século de pesquisar, interpretar, preservar, cultuar e divulgar, incansavelmente e magistralmente, todos os fatos e acontecimentos que envolvem o seu torrão natal, embora residindo fora de Canguçu, em razão de sua atividade profissional de oficial do Exército, carreira iniciada há 60 anos na histórica caserna do Regimento Tuiuti em Pelotas. Objetivo a que se propôs de promover um reencontro dos canguçuenses com a rica e bela História de Canguçu há muito esquecida e perdida. Objetivo que conquistou particularmente com o seu livro Canguçu reencontro com a História – um exemplo re reconstituição de memória comunitária e com a ajuda dos integrantes da Academia Canguçuense de História (ACANDHIS) que fundou em 13 de setembro de 1988 no centenário de seu patrono Conrado
Ernani Bento que muito preservou a história comunitárias através de fontes de sua História que colecionou e anotou.


Fontes de informação em ordem alfabética: Irmã Cecília Rigo, Jaime Soares Vargas, José Pinto,
Cecília Pinto, Mariza Aslabão e Yonne Maria Sherer Bento.

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