HISTÓRICO DO INSTITUTO DE HISTÓRIA E TRADIÇÕES DO RGS (IHTRGS - 1986-2011) NOS SEUS 25 ANOS, EM 10 SETEMBRO 2011

22/09/2011

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Cel Claudio Moreira Bento e Cel  Luiz Ernani Caminha Giorgis
1º e 2º  Presidentes do IHTRGS

Em 10 Set 1986, sesquicentenário do combate do Seival, que criou condições para a Proclamação da República Riograndense (1836-45) no Campo do Menezes, e que se projeta na Proclamação da República Brasileira m 15 de novembro de 1889, foi fundado, em cerimônia concorridíssima na Escola Técnica Federal de Pelotas, o Instituto de História e Tradições do RGS (IHTRGS).
Instituição destinada a memorar fastos sesquicentenários da Revolução Farroupilha (1835-45). A referida fundação está toda documentada em volume especial encadernado, guardado pela Presidência à rua Florença, 266, Jardim das Rosas, Itatiaia-Rio de Janeiro, CEP 27.580-000, e-mail  bento1931@gmail.com
Volume sob o título IHTRGS-Histórico, Organização e Fundação-1986, com índice, tendo 311 páginas, onde constam os nomes dos membros de diversas categorias diplomados na sua Fundação, como também dados dos sócios fundadores, com os respectivos votos para a eleição da Diretoria. Votos que foram apurados por comissão integrada pelos presidentes do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil (IHGB) e do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB). Os Estatutos foram registrados no Tabelionato de Canguçu pelo seu titular, José Moreira Bento e pela escrivã Carla Bento Bosenbecker.  O presidente transferiu para o 2ª Presidente Cel Caminha e preserva na sede do IHTRGS no Casarão da Várzea , toda a documentação produzida nos diversos encontros. Com o ex- 2º Presidente do IHTRGS, Osório Santana Figueiredo, em seu endereço: Caixa Postal 91, São Gabriel, RS, CEP 97.300-000, que atuou como secretário e coordenador, estão todas as atas dos diversos encontros.
Como sócios efetivos fundadores figuraram: o Cel BMRS Alberto R. Rodrigues, o Major Ex Ângelo Pires Moreira (coordenador), Arnaldo Luiz Cassol, Clayr L. Rochefort, Cel Ex Cláudio Moreira Bento (presidente), Corálio Cabeda, Fernando O’Donell, Gastão Abbot (falecido), Cel BMRS Hélio Moro Mariante (vice-presidente), Ivo Caggiani (falecido), Gen Jonas Correia Neto, Cel BMRS José Luiz Silveira (falecido), Júlio Petersen (falecido) Manoel A. Rodrigues (falecido), Mário Gardelin, Mário Matos, Marlene Barbosa Coelho (falecida) Gen Morivalde Calvet Fagundes (falecido), Mozart Pereira Soares, Osório Santana Figueiredo (secretário), Péricles Azambuja, Sejanes Dorneles (falecido) e Telmo Lauro  Müller.
Foram eleitos conselheiros: Arthur Ferreira Filho Conselheiro de História. Dante de Laytano, Conselheiro de História e Luiz Carlos Barbosa Lessa ,Conselheiro de Tradição, substituído com o seu falecimento por Armando Eciquo Peres.
Dentre as múltiplas realizações do IHTRGS, registradas em seus Anais, mencione-se encontros anuais, com vistas a integrar historiadores, tradicionalistas e folcloristas, isolados no movimento cultural gaúcho, estreitar laços de amizade e culturais entre eles e deslocamentos do IHTRGS até os locais cenários de fastos históricos, para comemorá-los.
Assim, em Pelotas ocorreu o encontro de fundação na Escola Técnica Federal, coordenado por Ângelo Pires Moreira e com apoio do Diário Popular, através de Clayr Lobo Rochefort, que dedicou edição especial ao combate do Seival, elaborada pelo presidente do IHTRGS.
Em 08Abr1987 ocorreu o Encontro de Caçapava do Sul, no Clube União Caçapavano, sob a coordenação de Arnaldo Luiz Cassol, onde foi empossado sócio efetivo Humberto Fossa (já falecido), de Encruzilhada do Sul.
Em 13 Set 1987 ocorreu mais um encontro em Pelotas, na sede da União Gaúcha Simões Lopes Neto, mais uma vez sob a coordenação de Ângelo Pires Moreira. Encontro que se estendeu a Porto Alegre, no CPOR/PA, com conferência do presidente sobre os Sítios farrapos de Porto Alegre, sob a coordenação do sócio Jonas Correa Neto, na época comandante da 6ª DE.
Em 30Abr1988 ocorreu o encontro de Rio Pardo, comemorativo do sesquicentenário da maior vitória farrapa - o combate do Rio Pardo - quando foi lançada pelo presidente plaqueta alusiva. Encontro ocorrido no Clube Literário Recreativo de Rio Pardo.
Em 10 Set 1988 ocorreu o encontro de Canguçu, na Casa de Cultura, tendo como tema o combate de Cerro Alegre de 20 Set 1932, quando foi lançada plaqueta alusiva de José Luiz Silveira e Osório Santana Figueiredo, preparatória à fundação, três dias após, da Academia Canguçuense de História. Encontro coordenado por Marlene Barbosa Coelho, onde foi efetivado o tradicionalista Armando Ecíquo Perez, que representara o Instituto no sesquicentenário de instalação da República Rio-Grandense em Piratini, em 06 Nov1986 e que mereceu do Diário Popular memoração condigna do fato histórico, através de artigo do presidente.
Em 10 Jul 1989 ocorreu o encontro de São Borja, no Teatro do Regimento João Manoel, tendo como tema central a comemoração a resistência à invasão paraguaia em 1865. Coordenaram o evento os sócios efetivos então empossados Sérgio Roberto Dentino Morgado e Aparício Silva Rillo (falecido). Houve visita do presidente às ruínas de São Miguel.
Em 15 Set 1990 e 28 Set 1991 ocorreram os encontros de São Gabriel, na Associação Alcides Maya, sob a coordenação do sócio Osório Santana Figueiredo, um dos esteios do IHTRGS, e com apoio cultural e logístico do Dr. Milton Teixeira, quando foi efetivado o poeta gaúcho Caio Prates da Silveira e muito evocada a obra de Alcides Maya.
Em 14 Set 1992 ocorreu o encontro de Lavras do Sul, no Plenarinho da Casa de Cultura José Néri da Silveira, sob a coordenação do sócio Edilberto Teixeira.
Em 25Set1993 ocorreu o encontro de Santana do Livramento, de caráter internacional, marcadamente histórico e tradicionalista, na Associação Comercial e Industrial, sob a coordenação do historiador santanense Ivo Leites Caggiani, ocasião em que foi lançada a obra O Exército Farrapo e seus chefes, da lavra do presidente. Foram diplomados como efetivos os historiadores Raul Pont, Miguel Jaques Trindade e Blau Souza.
Em 7 Abr 1995 ocorreu o encontro do Rio de Janeiro, na sede do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, sob a coordenação do sócio então empossado Manoel Pessoa Mello Farias, coordenador do Núcleo Rio de Janeiro do IHTRGS, que reunia diversos e ilustres gaúchos e gaúchas residindo no Rio de Janeiro e também sócios da quase sesquicentenária Sociedade Sul-Riograndense, lá existente. Na oportunidade foram diplomados sócios efetivos Manoel Pessoa Mello Farias, Edson Otto, Daoiz de La Roche, Pedro Ari Veríssimo da Fonseca e Ciro Dutra Ferreira. Categoria na qual já haviam sido empossados, quando da fundação do Núcleo do IHTRGS na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, os sócios P. J. Mallet Joubim e Hélio Almeida Brum.
Dia 10 Set 1996, o IHTRGS fez mais um encontro no Rio de Janeiro, na sede do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, em parceria com a Sociedade Sul Rio-Grandense, e seu CTG Desgarrados do Pago e mais o Galpão da Saudade da Academia Militar das Agulhas Negras, para memorar o seu 10º aniversário e suas realizações em prol da História, Folclore e Tradições do Rio Grande do Sul. E o fez com a satisfação de já haver superado o tempo de duração da República Rio-Grandense, cujos fastos se propôs prioritariamente memorar e divulgar, o que tem consciência de haver bem cumprido.
Em 27Mai99 foi feito um memorável encontro no Salão Brasil do Colégio Militar de Porto Alegre, onde foi reverenciada a memória dos seguintes sócios falecidos, evocados pelos novos sócios: Arthur Ferreira Filho, de São José do Norte; Aparício Silva Rillo, de Porto Alegre (samborjense de coração); Raul Pont, de Uruguaiana; Miguel Jacques Trindade, de Alegrete; Edilberto Teixeira, de Lavras do Sul; Arnaldo Cassol, de Caçapava do Sul; Humberto Castro Fossa, de Encruzilhada do Sul; Sejanes Dornelles, de Santa Vitória do Palmar; Manoel Pessoa Mello Faria, de Pelotas (viveu no Rio); Hélio de Almeida Brum, de Dom Pedrito (viveu no Rio) e Marlene Barbosa Coelho, de Canguçu. Foram eleitos os seguintes sócios efetivos: Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis, Cel Ivo Benfatto, Major Flávio Mabilde (falecido), Cap BMRS Aroldo Medina, José Conrado de Souza(falecido), Cel Leonardo Roberto de Araújo e Ten Cel Cláudio Belém de Oliveira. 
Em 24Jul99, na cidade de Alegrete, em encontro presidido pelo 2º presidente, Osório Santana Figueiredo, foram eleitos sócios efetivos: Hugo Ramires e Maria Fraga Dornelles. Sócios colaboradores: Sérgio Alves Levy, César Pires Machado, João Francisco de Andrade e Marione Jacques. Sócio correspondente: Daniel Fanti.
Em 15Abr2000, na reunião de Rosário do Sul, presidida por Osório Santana Figueiredo foram entregues diplomas de colaboradoras às professoras Mara Regina Miranda de Souza, Secretária Municipal de Educação e a Maria Almir Souto Nascimento.
Nestes 25 anos de resistência cultural, alguns dos soldados do IHTRGS faleceram, outros foram atingidos por problemas de idade e outras limitações, para presença mais efetiva em suas atividades. A renovação de novos nomes foi pouca, de igual forma que nas demais entidades brasileiras do gênero, parecendo que as novas gerações são avessas a estudos históricos ou pelo menos à produção e à divulgação históricas, o que nos parece lamentável. E no caso do R. G. do Sul, como ficará a sua perspectiva e a identidade históricas na cabeça das novas gerações gaúchas? Só Deus sabe!
Aqui, por oportuno, registre-se o apoio que o IHTRGS teve de parte do jornal Diário Popular de Pelotas, de A Platéia de Santana, dos mensários Ombro a Ombro e Letras em Marcha e do Tradição, que era editado pelo sócio efetivo Edson Otto que o tornou órgão de divulgação oficial do IHTRGS, do MTG e da CBTG.
Em História ou Estória, publicado em Tradição, em maio de 96 (ano da consciência tradicionalista) o Presidente do IHTRGS abordou a conjuntura crítica da historiografia brasileira, assunto estratégico nacional, para o qual os governos em todos os níveis e a Mídia, salvo raras e honrosas exceções, não tem dado a menor atenção. Em vista desta postura, de quem teria obrigação social e cívica de estimular estudos de História, qual o jovem que se animará a dedicar-se a este assunto? E quem no futuro escreverá HISTÓRIA e não ESTÓRIA do Rio Grande do Sul, como bússola para a construção segura do futuro do Rio Grande do Sul e de seus filhos e como mãe legítima das TRADIÇÕES GAÚCHAS? Eis a pergunta que o IHTRGS deixará no ar no seu 25º ano de atividades? Preza a Deus que os estudos de História do Rio Grande do Sul sejam retomados com vigor, para que produzam perspectiva e identidade históricas seguras. E estas, mais consensos sobre soluções a implementar! E que não se repita o que ocorria em 1904, segundo J. Simões Lopes Neto em sua histórica conferência na Biblioteca Pública de Pelotas sobre Educação Cívica e sobre o ensino de História do Brasil:
“Esse estudo não é somente descurado, mas ele não existe e nunca existiu. E a sua conseqüência é a preferida ignorância em que vivemos da nossa história e estudando histórias alheias. Todo o ensino tem um fim, o da História do Brasil é dar-nos o conhecimento da noção exata da solidariedade nacional, da disciplina cívica, da liberdade obediente e com ela o amor ao Brasil”.
Mas o que se tem assistido nos programas como A Ferro e Fogo, levados ao ar pela RBS, são versões desanimadoras, como manipulações da História do Rio Grande do Sul que ao invés de usarem a História como “a mestra das mestras, a mestra da vida” a fazem de “Maestra da calúnia e da mentira”, segundo definiu o falecido historiador Luís Flodoardo Silva Pinto, membro do IHTRGS. E mais, não dão oportunidade ao contraditório, somente a monólogos. É fundamental uma mudança neste sentido para caracterizar de fato a Liberdade de Imprensa, como uma rua de duas mãos que contemple o Direito de resposta e o Contraditório. Do contrário teremos a Liberdade de
Empresa, um abuso conjunto do Poder Político, ou a opressão social e do Poder Econômico ou ainda a exploração social, que não podem prosperar num regime democrático, que não violente direitos das minorias, e que devem ser incluídas progressivamente e fraternalmente na Sociedade Brasileira.
A partir de 2005 diversos novos membros foram admitidos no IHTRGS. Foram os seguintes: Dr. Aécio César Beltrão (Médico), Dr. César Pires Machado (Agrônomo), Cel Mauro da Costa Rodrigues, Cel Edmir Mármora Júnior, Cel Ernani Medaglia Muniz Tavares, Dr. Florisbal de Souza Del’Olmo (Dentista), Dr. Frederico Euclides Aranha (Advogado), Cel Geraldo Lauro Marques, Dr. Jorge Babot Miranda (Economista), Cel Juvêncio Saldanha Lemos, Bacharel em História Srta. Katy de Siqueira, Dr. Agamenon Vladimir Silva, Cel Hiram Reis e Silva, Cel Ruy Collares Machado, Cap Andrei Clauhs, Sr. José Ernesto Wunderlich, Sra. Adir Fanfa Onofrio, Sr. Ciro Oscar de Borba Saraiva, Dr. Ênio Palmeiro da Fontoura, Cel Ivo Benfatto, Cel Edu Campelo de Castro Lucas, ST Evilácio Barbosa Saldanha, Cel Leonardo Roberto Carvalho de Araújo, Sgt Carlos Fonttes, SCEB José Eber Bentim da Silva, Ten Nestor Magalhães, Caio Moreira Pinheiro, Aliete Martns Ribeiro, Amilton Valente da Silveira e Ivete Possas da Silveira, Luis Renato Braganholo, e Jose Eduardo Bruno Em 2010, em Resende, na AMAN, foi empossado como membro-efetivo do IHTRGS e como seu Presidente de Honra o Gen Bda Edson Leal Pujol, então comandante da Academia Militar das Agulhas Negras e tambem o Cel Anderson N Demutti representante do IHTRGS no Colégio Militar de Brasíilia e o Cel Reinaldo Goulart Correia em São Borja e Daniela Amaral em Piratini/RS. Hoje o IHTRGS possui o seu site rico em temas do Rio Grande www.ihtrgs.com.br e foi desdobrado em três Delegacias . A de Resende junto ao presidente Cel Bento tendo como Delegado o tradicionalista Luiz Renato Braganholo , em Porto Alegre , a sede física do IHTRGS a cargo do 2º Presidente do IHTRGS o Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis e em Pelotas e região a Delegacia do IHTRGS tendo por Delegado o jornalista Cairo Moreira Pinheiro. Foi instituída pelo IHTRGS a Medalha do Mérito Farroupilha Projeto do sócio efetivo Dr Flavio Camargo. Seu Informativo O Gaucho  foi interrompido e passa a integrar daqui para diante O Tuiuti, informativo da AHIMTB/RS e do IHTRGS.
Foi assim que o IHTRGS atuou em 25 anos, e hoje consciente do muito que realizou dentro do objetivo cultural a que propôs.


O GENERAL FLORES DA CUNHA E A INAUGURAÇÃO DO MONUMENTO AO GENERAL OSÓRIO

17/09/2011

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EM 6 DE AGOSTO DE 1933, NA PRAÇA DA ALFÂNDEGA
                     Cel Claudio Moreira Bento
No dia 6 de agosto de 1933, teve lugar na praça da Alfândega em Porto Alegre, a inauguração do monumento eqüestre do General Osório, com a seguinte dedicatória A Osório o Rio Grande. Presente ao ato solene o interventor do Estado, o General Honorário Flores da Cunha, grande admirador e cultor de muitas características de liderança   do grande herói que o biografamos em obra alusiva a seu centenário em 2008, sob o título: O maior herói e líder popular brasileiro. O monumento obra do escultor Hildegardo Leão Veloso se tornou realidade, com os recursos do Estado colocados à disposição pelo General Flores da Cunha, à Comissão do Monumento presidida por João Maia. Os oradores da cerimônia pronunciaram orações antológicas preservadas pela Revista do Instituto Histórico e Geográfico de 1933. Pela família do herói falou o neto e um dos seus biógrafos  o Dr Fernando Luiz Osório Filho que pronunciou a seguinte oração:
“ Não, é portanto, esta a apoteose, senão do profundo brasileirismo orgânico de Osório que tinha no coração o futuro da humanidade, como um amigo dos proletários fardados, um predileto dos humildes, na sublime utopia que refulge, num risco de beleza, do páramo sagrado em que circula a nossa história, abrigando a esperança, na atitude ovante e coesiva de um povo generoso, que sobre as cabeças de seus paradigmas, lança à triangulação do Brasil, pondo em comunhão todas as legendas vivas do Rio Grande, para o resguardo do nosso patrimônio e para o



fulgor do dia de amanhã! Senhores, é, assim, verdadeiramente bela esta estátua que reflete toda a escultura heróica do Rio Grande... E si para erguê-la, faltasse material bastante, ireis como o poeta, sem mendigar fulgores às estrelas:
...Temos na terra o que não há no céu. Recolhe os ossos dos titãs soldados. Apanha as armas que a seus pés caíram. E junta as balas que os canhões cuspiram. E, então, de sabres, canhões e balas. Lanças partidas , pavilhões rasgados. Levanta o alto pedestal da estátua. Que irá nas brumas se perder no espaço...E,assim aos astros ergueras seu crânio. E ao mundo inteiro estenderas seu braço! Eu ajoelho a minha alma diante deste monumento, porque,tambem,venho,aqui,em nome da Familia Osório render homenagem ao Gênio da Pátria.”

General Flores da Cunha e a Luz Elétrica em Canguçu

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                                                                     Coronel Cláudio Moreira Bento
Presidente da Academia Canguçuense de História
       Para dotar Canguçu de Luz Elétrica, este município teve o apoio do interventor Flores da Cunha, através de seu prefeito, por ele nomeado depois da vitoriosa Revolução de 30, Conrado Ernani Bento, nosso pai, e filho do Coronel da GN Genes Bento, que fora intendente de Canguçu de 1905/1917 e, a seguir, Chefe de Polícia e Secretário do Presidente Borges de Medeiros. Personagem que focalizamos na Revista do CIPEL de 2010.
      O apoio recebido resultou de visita que meu pai fez a Flores da Cunha depois de assumir suas funções. Na visita, apresentou seu objetivo de dotar sua cidade natal daquele melhoramento. E, para tal, conseguiu o apoio do interventor General Honorário do Exército Dr. Flores da Cunha.
       Em decorrência disso, em 31 de dezembro de 1933 foi inaugurada solenemente a luz elétrica em Canguçu. O fato foi registrado com destaque pela edição de 3 de janeiro de 1934 do Diário Liberal de Pelotas do seguinte modo:
“Para a inauguração solene da luz elétrica de Canguçu veio de Pelotas uma caravana presidida pelo Cel Augusto de Assunção, como representante do General Flores da Cunha. Foi recebido à tarde na entrada de Canguçu, pelo prefeito Conrado Ernani Bento e população em geral. Depois, dirigiram-se para a Prefeitura Municipal onde lhes foi oferecido um banquete.
      Na ocasião, falou o Senhor Alberto Mattos Bandarra, agente dos Telégrafos, em nome do povo de Canguçu, tecendo elogios à obra administrativa do General Flores da Cunha e o apoio emprestado pelo Estado para a concretização daquela obra.
      A seguir, o prefeito de Canguçu, Conrado Ernani Bento, saudou o Interventor Federal General Flores da Cunha, na pessoa do Cel Joaquim Assunção.  Este agradeceu e se congratulou com o povo para assistir à cerimônia de inauguração, tendo ainda o Cel Joaquim Assunção cortado a fita inaugural e o prefeito Conrado Ernani Bento ligado a chave geral, ficando deste modo inaugurada a luz elétrica em Canguçu.
        Usaram a palavra, nesta ocasião, o Dr. Luiz Simões Lopes Filho, saudando a mulher canguçuense, e o Dr. Walter Oliveira Prestes, fazendo uma análise das possibilidades econômicas do município e encarecendo a construção da ferrovia São Pedro do Sul-Pelotas, tão fundamental ao progresso do município.”
       A instalação da luz elétrica custou, na ocasião, , a quantia de 200 contos de réis e o seu motor funcionou cerca de 20 anos, sem grandes problemas, até ser complementado por outro. Finalmente a Luz Elétrica foi encampada pela Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE.
      Este melhoramento, comenta-se, foi considerado por alguns, acostumados com a iluminação a lampiões, como um gasto desnecessário e dinheiro posto fora.
      A luz elétrica em Canguçu foi uma das pequenas iniciativas do General Flores da Cunha, entre outras de grande envergadura, como a criação do DAER, do IPE, da Loteria Estadual, do Tesouro do Estado, do Tribunal de Contas, do Diário Oficial, e da Secretaria de Agricultura, sem esquecer o apoio decisivo que deu à construção do Monumento ao General Osório, na praça central de Porto Alegre.

Palavras Finais do Presidente da FAHIMTB em 15 /9/ 2011 em Porto Alegre no CMPA

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       Há 41 anos iniciamos nossa atividade como historiador militar critico, escrevemos nosso  primeiro  livro: As batalhas dos Guararapes – análise e descrição militar, atendendo  a missão recebida de nosso comandante. no atual Comando Militar do Nordeste o porto alegrense Gen Ex Arthur Duarte Candal da Fonseca. Comandante  ilustre  que nos deu a missão, sem prejuízo de nossas funções na Seção de Planejamento de seu Estado- Maior,  de coordenar o projeto, construção e inauguração do Parque Histórico Nacional dos Guararapes, atendendo ao desejo do Presidente Emilio Garrastazu Médici, ex- aluno do Casarão da Várzea notável e ex-comandante da AMAN em período crítico de sua história  e o idealizador do Parque Osório
       Aplicamos às fontes primárias sobre as batalhas dos Guararapes, os fundamentos de Arte e Ciência Militar aprendidos na ECEME  E daí resultou nosso primeiro livro lançado no Parque Histórico Nacional dos Guararapes, em sua inauguração, em 19 de abril de 1971, data desde 1994, consagrada como o Dia do Exército, por Decreto Presidencial do Presidente Itamar Franco , oficial R/2.
       E desde então prosseguimos como historiador militar terrestre crítico, tirando da rica história militar terrestre descritiva do Brasil, subsídios de Arte e Ciência Militar brasileiras, com vistas a subsidiar a instrução dos quadros do Exército e a nacionalização progressiva da Doutrina Militar Terrestre Brasileira, como a sonhou e praticou, em caráter pioneiro o Duque de Caxias, em 1861, como Ministro de Guerra e Chefe do Governo do Brasil,
       Há 15 anos fundamos  em Resende a Academia de História Militar Terrestre do Brasil para colaborar com o Exército nesta tarefa relevante, relacionada como o sonho de Caxias, de nacionalização de nossa Doutrina Militar. E foram expressivas as suas realizações.
        Hoje no limiar dos meus 80 anos, visualizando o futuro da AHIMTB, achamos prudente salvar os seus estratégicos objetivos, para que eles não fossem perdidos, bem como o valioso acervo.da AHIMTB. Este hoje em segurança em repartição da AMAM ao lado de seu Clube de História.     
        E foi com o apoio do comandante da AMAN ,o acadêmico Gen. Div. Edson Leal Pujol, e com a finalidade de dar continuidade a AHIMTB, que foi criada, em 23 de abril de 2011, no Bicentenário da AMAN, a Federação das Academias de História Militar Terrestre do




Brasil( FAHIMTB), com quatro AHIMTB filiadas, presididas por acadêmicos que se revelaram dispostos a dar continuidade a AHIMTB. A do Distrito Federal AHIMTB/DF,–Marechal José Pessoa presidida pelo Gen Div Arnaldo Serafim. A AHIMTB/Rio Grande do Sul- General Rinaldo Pereira da Cãmara , presidida pelo Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis. A AHIMTB/Rio de Janeiro-Marechal João Batista de Matos, presidida pelo Ten R/2 Art Israel Blajberg e a AHIMTB/Resende-Marechal - Mario Travassos sob nossa Presidência, tendo como vice presidente o Cel Carlos Roberto , morador em Resende e com expressiva atuação como historiador militar,na coordenação das obras institucionais comemorativas do Centenário da Escola de Estad0- Maior do Exército(ECEME) e do Bicentenário da Academia Militar das Agulhas Negras.
       E nesta seção que espero histórica e marcante anunciamos a criação aqui  no Salão Brasil do CMPA a AHIMTB/Rio Grande do Sul General Rinaldo Pereira da Cãmara presidida pelo dedicado acadêmico emérito Cel Luiz Ernani Caminha.
       Para preservar a AHIMTB e seus ideais transferimos nosso acervo pessoal e o da AHIMTB para instalações seguras no interior da AMAN, por proposta feita a Gen Pujol e por ele aceita. Idéia apoiada pelo nosso atual comandante, o Gen. Arruda e  também pelo Acadêmico Cel Claudio  Alfredo Duarte Dorneles , Chefe da Divisão de Ensino e coordenador da FAHIMTB e AHIMTB/RESENDE.
       Assim procuramos deixar nosso acervo e o da AHIMTB em Segurança na AMAN, para que outros  o explorem.
      Mas pretendo continuar nesta na luta, ate que minha saúde o permita, em prol da História Militar Terrestre Critica do Exército, convicto de que a nacionalização progressiva da Doutrina Militar Terrestre do Brasil passa pelo estudo militar critico da História Militar Terrestre do Brasil
      E motivado com realizações de outros octogenários ilustres que não dispunham dos recursos da Medicina como hoje, cujos nomes  que registro a seguir colhi num arquivo na Internet de valorização da capacidade intelectual de homens com mais de 80 anos :
     - Goethe – que escreveu Fausto aos 82 anos;
     - Ticiano – que pintou obras notáveis aos 98 anos;
   





 - Toscanini – que regeu orquestra aos 97 anos;
     - Tomas Edison – que trabalhava em seu laboratório aos 83 anos;
     - Benjamim Franklin que contribuiu com o Projeto de Constituição aos 81 anos.
       E outros ilustres octogenários brasileiros que permanecem na luta como o grande arquiteto brasileiro Oscar Niemayer produzindo obras notáveis já centenário .
         Instalada a FAHIMTB e a AHIMTB/Resende- Marechal Mário Travassos, e anunciadas as demais AHIMTB sinto uma sensação de realização como  numa  corrida de revezamento haver transferido o bastão para que outros dêem continuidade a esta tarefa tão relevante para o futuro do nosso Exército,  o possuir sua Doutrina Militar Genuína como a sonhou Caxias, combinada com o que de melhor existir em doutrinas militares de outros países . E assim um pais cujo bordão em vigor é  .Pais rico e pais sem pobreza! . Bordão com apoio nas lições  aprendidas na História Mundial poderia acrescentar como historiador militar há 41 anos..
PAIS RICO É PAIS SEM POBRESA E MILITARMENTE SEGURO!
 Votos de que a FAHIMTB e AHIMTB filiadas consigam comquistar seus objetivos com o indispensável apoio de seus presidentes de Honra que exercem funções importantes no comando do Exército, de Exércitos e CMP e  instituições voltadas para o Ensino no Exército